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A
hegemonia do computador na era do entretenimento
Pesquisa
realizada pela Bloomberg e pelo jornal Los Angeles Times sobre
os hábitos de entretenimento dos adolescentes (12 a 17
anos) e jovens adultos norte-americanos (18 a 24 anos) indicou
que o computador é o dispositivo eletrônico preferido,
seguido do celular. A televisão, que reinava na década
passada, ocupa agora apenas o terceiro lugar.
A
pesquisa, que abrangeu cerca de 1650 adolescentes e jovens adultos
e foi realizada por meio da Internet no período de junho
a julho de 2006, concluiu também que os entrevistados não
estão contentes com qualquer uma das opções
escolhidas. Eles, em sua maioria (sete entre 10), confessam que
ficam entediados porque sentem que as opções de
entretenimento disponíveis não o satisfazem integralmente.
Pesquisas
realizadas em outros países, e mesmo no Brasil, também
têm constatado a gradativa substituição da
televisão pelo computador, evidentemente entre os jovens
que têm acesso a ele. Estas mudanças, se confirmadas,
o que é bastante provável, tendo em vista a efetiva
convergência das mídias, deverá alterar, segundo
os especialistas, o universo da comunicação, particularmente
no que diz respeito aos investimentos em propaganda.
Reportagem
denuncia saque de patrimônio cultural brasileiro
Matéria
publicada em julho no jornal O Estado de S. Paulo , e assinada
pela repórter Cristina Amorim, revela a dilapidação
escandalosa do patrimônio cultural brasileiro em Santana
do Cariri, no interior do Ceará. Moradores estão
comercializando fósseis de milhões de anos na feira
da cidade, especialmente peixes e insetos, e é possível
inclusive econtrar, ainda que com muito maior dificuldade, ossos
de dinossauro e pterossauro.
A
região da Bacia Sedimentar do Araripe, entre os Estados
do Ceará, Pernambuco e Piauí, é rica em fósseis
e, em virtude da omissão da fiscalização
(a venda de fósseis é crime federal), este precioso
material vem sendo vendido a turistas e mesmo a museus no exterior.
A reportagem do Estadão chegou a flagrar um paleontólo
inglês na cidade de Nova Olinda, vizinha à Santana
do Cariri, procurando fósseis para comprar.
As
peças retiradas do Araripe destinam-se sobretudo a alguns
países, dentre os quais a Grã-Bretanha, mas também
Alemanha, Japão e Estados Unidos. Embora exista uma convenção
da UNESCO que proibe a importação e exportação
de bens culturais e históricos, entre eles os paleontológicos,
como explica a repórter, estes países não
ratificaram o tratado.
O
paleontólogo Ismar de Souza Carvalho, da UFRJ, entrevistado
por Cristina Amorin, aumenta o tom da denúncia : "a
preocupação (refere-se ao saque) não é
científica mas econômica. O fóssil serve para
captar recursos em réplicas, direitos de reprodução
da imagem, laboratórios e projetos pessoais".
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