<% pagina = "http://" & request.ServerVariables("HTTP_HOST") & request.ServerVariables("URL") %> Ciência & Comunicação - Notícias
Volume 1
Número 1

20 de dezembro de 2004
 
 * Edição atual    

          Os genes humanos em queda livre

         Tem sido uma constante: cada vez que se divulga uma nova conclusão do sequenciamento do genoma humano, o número de genes humanos vai diminuindo. Na verdade, dos 40.000 anunciados há 3 anos, agora já chegamos a 20 ou no máximo 25 mil, o que tem, de imediato, uma consequência: o genoma é muito mais complexo do que se imagina. Ou seja, fica cada vez mais difícil explicar, apenas com os genes, as funções de mais de 100 mil proteínas da espécie humana.
         O anúncio da nova contagem foi publicado na revista Nature, no último dia 21 de outubro, num artigo de 15 páginas (muito menor do que as 446 páginas publicadas em 15 de fevereiro de 2001 pela mesma revista, ao anunciar o rascunho do genoma humano), que tinha um tom não muito otimista. O próprio autor do artigo, Lincoln Stein, do Laboratório de Spring Harbor (EUA), admitia que os leitores tinham razão de ficar um pouco confusos com o anúncio porque ele contrariava versões anteriores.
         No mesmo artigo, Lincoln Stein reconhecia que, embora se tenha caminhado bastante, ainda há muito a se fazer e que, por isso, novas surpresas poderão ser reveladas até o final do trabalho. "Estamos ainda no fim do começo", repetia ele, mostrando que o trabalho continuará sendo árduo e que tem se mostrado mais intrincado do que parecia à primeira vista.
         O sequenciamento do genoma humano foi anunciado, pela primeira vez, em 26 de junho de 2000, numa cerimônia presidida por Bill Clinton, à época presidente dos EUA ,e Tony Blair com a presença de Francis Collins (Projeto Genoma Humano) e de Craig Venter, da Celera, que disputaram durante um bom tempo a primazia pela conclusão do trabalho.

          A economia que vem do software livre

         A adoção do software livre pelo governo brasileiro tem propiciado uma economia considerável, segundo pesquisa do Comitê de Implementação do Software Livre, coordenado pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), vinculado à Casa Civil da Presidência da República.
         O software livre vem sendo gradativamente implantado nos órgãos federais (quase 100 em outubro de 2004) e, desde 2003, já permitiu ao Governo uma economia de 28,5 milhões de dólares, correspondente ao pagamento de licenças para uso de programas de computador comercializados pelo setor privado, em particular a Microsoft.
         Estima-se que o gasto do Governo com softwares pagos atinja, anualmente, a cifra de 100 milhões de reais, considerando-se apenas os básicos (sistema operacional e aplicativos comuns). Cálculos mais detalhados indicam que o software livre possa representar uma economia de até 1.100 reais por computador, o que é significativo, se se levar em conta a base de computadores instalada nos órgãos federais.
         Segundo Sérgio Amadeu, presidente da ITI, o uso de soluções proprietárias contribui para o pagamento de royalties para licenças, o que significa desperdício de recursos do País. Mas ele aponta vantagens adicionais, além da financeira: a independência em relação ao fornecedor já que o software livre permite acesso ao código fonte do programa e aumenta a capacitação tecnológica do País, na medida em que o desenvolvimento do programa é compartilhado.
         De qualquer forma, Sérgio Amadeu reconhece que o desafio não é pequeno, tendo em vista o número de programas prioritários em uso no Governo e a necessidade de capacitar os profissionais para a transição para a nova realidade.
         A Microsoft tem questionado a decisão do Governo e feito um lobby agressivo para impedir que ela se generalize. Alguns especialistas também admitem alguns riscos, se esta transição for feita de maneira desordenada, mas a maioria dos entendidos concorda que , dado o alto custo dos softwares privados e a perda de autonomia, a adesão ao software livre é inevitável.

 

 
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