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Pesquisa relata experiências depois da morte
O Globo, 28/06/2002, p. 33
Religiosos digem que estudo comprova
existência da alma
Londres. Cientistas holandeses
sustentam em artigo publicado este mês na revista britânica
" The Lancet" que a mente sobreviveria à morte
do corpo. Estudo realizado em dez hospitais da Holanda com 344 pessoas
mostra que 12% delas sentiram emoções, tiveram visões
e até pensamentos lúcidos durante o período
em que estiveram clinicamente mortos - sem pulso, respiração
ou atividade cerebral. Os entrevistados foram escolhidos entre os
pacientes que sobreviveram a ataque cardíacos.
Muitos especialistas encaram o tema
com ceticismo. Para eles, as experiências são geradas
pelo cérebro, submetido a um trama muito forte.
Os críticos lembram que, nessas
condições, o organismo produz endorfina - substância
que causa sensação de bem estar e paz comumente relatadas
por pessoas consideradas clinicamente mortas.
Relatos sobre experiências
semelhantes vêm sendo feitos há séculos, mas
essa é a primeira vez que o fenômeno é analisado
num estudo científico de grande dimensão. O estudo
abre caminho para questionar a independência do funcionamento
do cérebro e da mente.
Lideranças religiosas já
anunciaram que vão usar a pesquisa como prova da existência
da alma.
Comentário de JC, o repórter
da ciência: Acho que a pesquisa revela um outro dado importante,
mas triste: só algumas pessoas têm alma porque 88%
não se lembram de nada!
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